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domingo, 5 de novembro de 2017

Apocalipse: O Quinto selo

Este estudo escatológico iremos falar sobre o quinto selo que está em Apocalipse

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Apocalipse: O quinto selo


Texto chave: Apocalipse 6:9-11

Mateus 5:6 (Sermão do Monte)

O Quinto Selo (6:9-11)

6:9 – Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.

Debaixo do altar: A palavra “altar”, na Bíblia e no Apocalipse, refere-se tanto ao altar de incenso (8:3,5; 9:13; 11:1; 14:18) como ao altar de holocaustos ou sacrifícios. Tudo aqui sugere o altar de sacrifício, pois a cena é dos sacrifícios feitos pelos mártires que deram suas vidas pela palavra do Senhor.

Debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos: Quando os sacerdotes realizavam os sacrifícios pelo pecado, derramavam o sangue do animal à base do altar (Levítico 4:7,18,30). A imagem aqui é de sacrifícios feitos no altar, e as almas dos mártires debaixo do altar. Como o sangue das vítimas de violência clamava a Deus pedindo justiça (Gênesis 4:10; Isaías 26:21; Números 35:33), aqui as almas destes mártires farão seu pedido a Deus.

Por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam: Não há dúvida sobre o motivo destas mortes. Foram mortos por causa da palavra e do testemunho. Foi pelo mesmo motivo que João estava na ilha de Patmos (1:9). Jesus pediu que os seus servos fossem fiéis até a morte (2:10), e alguns, como Antipas (2:13) já foram mortos por causa do testemunho. Este selo mostra que outros morreram, e que as mortes de mártires ainda não haviam acabado.

6:10 – Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?

Clamaram em grande voz: Não um sussurro tímido e duvidoso, mas um pedido feito em alta voz, a voz de um grande número de mártires pedindo a vingança divina.

Até quando: Esta pergunta aparece dezenas de vezes na Bíblia, sempre pedindo uma decisão ativa. Às vezes, Deus perguntava para o povo dele, chamando-o à obediência. Especialmente nos Salmos e nos profetas, a pergunta foi feita pelo homem a Deus, freqüentemente para pedir que o Senhor lembrasse dos fiéis, para pôr um fim no seu sofrimento, e que trouxesse a justiça divina contra opressores e malfeitores (Salmos 13:1-2; 90:13; 94:3). Alguns trechos apresentam os mesmos pensamentos que encontramos aqui: “Até quando, Senhor, ficarás olhando? Livra-me a alma das violências deles; dos leões, a minha predileta” (Salmo 35:17). “Até quando, ó Deus, o adversário nos afrontará? Acaso, blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?” (Salmo 74:10). “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?” (Habacuque 1:2).

Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro: Como fizeram Davi, Asafe, Habacuque e outros, os mártires fazem a sua pergunta com toda reverência. Não estão discutindo com homens. Estão apelando a Deus, o Soberano Senhor. Aquele que está no trono, digno da adoração de todos, decide até quando vai continuar o sofrimento dos fiéis.

Não julgas, nem vingas os nosso sangue: Eles pedem a justiça e a vingança. Esta não é uma atitude egoísta, mas uma que reflete a justiça e a santidade de Deus. É o caráter de Deus que exige o castigo daqueles malfeitores que mataram os fiéis. É o poder de Deus que traria alívio aos outros fiéis que ainda sofriam perseguições na terra. “Louvai, ó nações, o seu povo, porque o SENHOR vingará o sangue dos seus servos, tomará vingança dos seus adversários e fará expiação pela terra do seu povo” (Deuteronômio 32:43).

Dos que habitam sobre a terra: A resposta à súplica dos mártires teria que trazer castigo sobre os perseguidores na terra, as pessoas responsáveis pelo sofrimento dos fiéis.

6:11 – Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.

Uma vestidura branca: São vencedores, e recebem a recompensa prometida aos vencedores (3:5).

Que repousassem ainda por pouco tempo: Esperem! O Deus Soberano está no controle, mas ainda não satisfaria o pedido dos mártires. Como nós precisamos aprender a lição desta resposta. Muitas vezes, as orações oferecidas são por coisas materiais, freqüentemente são pedidos egoístas, e mesmo assim queremos respostas favoráveis e imediatas! Aqui, os mártires já deram tudo, até as suas próprias vidas. Pedem a vingança para honrar o nome de Deus e poupar os outros servos que ainda sofriam na terra. E a resposta de Deus? Esperem! Paciência. Ele ouviu o pedido, mas ainda não enviaria o alívio que solicitaram. Mas todo este sofrimento teriam um fim. Esperem, mas por pouco tempo!

Até que também se completasse o número dos . . . seus irmãos que iam ser mortos: O sofrimento não acabou. Outros teriam de morrer antes de Deus trazer a justiça.


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Cristãos perseguidos e mortos

Antipas de Pérgamo (m. 68) foi bispo de Pérgamo, discípulo do apóstolo São João Evangelista e hieromártir do cristianismo durante o reinado de Nero (r. 54-68). Neste tempo, devido a perseguição aos cristãos, todos aqueles que se opunham a oferecer sacrifícios aos deuses viviam sob ameaça de exílio ou execução por ordem do imperador.

Foi preso e quando liberto, devido sua firmeza na fé cristã, começou a professar a palavra e a convencer as pessoas de Pérgamo a pararem de oferecerem sacrifícios, o que provocou a reprovação dos sacerdotes pagãos que exigiram que parasse de pregar sobre Cristo e oferecesse sacrifícios aos deuses ancestrais. Devido sua relutância em atender as exigências, ca. 68, Antipas foi capturado e levado para o templo de Ártemis onde foi lançado dentro de um ardente touro de bronze vermelho, onde usualmente ocorriam os sacrifícios. Segundo a tradição o mártir orou a Deus implorando por sua alma e para que ele fortalecesse a alma dos cristãos.

Tiago: o irmão de João, como conta Atos 12,1-2, foi martirizado em Jerusalém, por causa da perseguição de Horedes Agripa, por volta do ano 40 depois de Cristo. Em Jerusalém teve um papel importante na comunidade nascente. Na Espanha é conhecido como Santiago e uma tradição diz que ele, depois da ressurreição, foi anunciar o Evangelho naquele país. Além disso, conta-se que, depois do martírio, os restos mortais viajaram, milagrosamente até à Espanha, onde está o seu túmulo.

João: Conta-se que morreu com cerca de 100 anos. Foi preso, em Éfeso, no tempo do imperador Domiciano, em 89, e levado até Roma onde é condenado à morte. A pena, porém, foi mudada em exílio, em Patmos. Passou alguns anos naquela ilha e voltou para Éfeso, onde morreu.

Pedro: João 21,18 sugere que Pedro morreu na cruz. Clemente de Roma, que morreu em 95 depois de Cristo, diz que a sua morte aconteceu no tempo de Nero, por volta do ano 64. A tradição posterior diz que os romanos crucificaram Pedro de cabeça para baixo, pois o apóstolo teria pedido de não ser comparado com Cristo. Uma outra tradição diz que no período em que devia ser crucificado, encontrou, às portas de Roma, Jesus que lhe perguntou: quo vadis? (aonde vai?). Isto aconteceu enquanto Pedro estava fugindo de Roma para evitar a morte; o encontro teria mudado a sua decisão e voltou para Roma.

Paulo: Alguns biógrafos de Paulo mencionam que Paulo foi decapitado fora da cidade de Roma, “ad Aquas Salvias”, e os seus discípulos o enterraram numa propriedade particular as margens da via que leva para Óstia. Há um grupo de estudiosos que afirmam que ele tenha sofrido o martírio durante a perseguição do Imperador Romano Nero em 64 d.C.


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Recomendo o estudo - Fé do Tamanho do Grão de Mostarda

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